sábado, 15 de setembro de 2012

Somos (e valemos!) mais que isto.

Chegado do Porto, não da Manifestação, mas de outra luta, venho pelo caminho a ler as gordas.

100.000 no Porto?
Quantos em Lisboa?
Mais um milhares noutras cidades?
Não chega.

Apesar de ter acontecido algum inédito, e, acima de tudo, lamentável, que nos deveria fazer parar, nem que fosse apenas por cinco minutos, e pensar no que realmente está acontecer e no rumo que tudo isto está a tomar, ainda somos poucos na rua.

Quanta gente mora nas grandes áreas metropolitanas?
Quantos somos por esse país fora?
O RSI, o subsidio de desemprego e o próprio emprego, por este caminho, não durarão para sempre.

Recordo-me de há cerca de dois anos começar a comentar com a gente com quem convivo no dia a dia, que as imagens que víamos na TV (da Grécia, principalmente) não demorariam muito a ser realidade por cá.
Alguns riam-se, outros diziam que exagerava, outros afirmavam que não seriamos afectados.

Hoje, já não se riem tanto, embora me pareça, ainda, que não perceberam a real dimensão da coisa.

Ainda se vive na ilusão.

É preciso que o Povo saia à rua. Em massa. Em peso. Com força. Sem medo.
Antes que seja irremediavelmente tarde.

E é preciso também que as espingardas e as metralhadoras sejam empunhadas e que os motores das chaimites sejam ligados.
E que os bastões das Brigadas de Intervenção da PSP sejam empunhados noutra direcção.
(Os submarinos não contam para isto, porque os documentos perderam-se - inclusivé os documentos das "viaturas" - pelo que ainda se corre o risco de multa por parte da policia marítima...)

Qual  (e quando) o próximo passo?
Até quando deixaremos que o saque continue?
Até já não restarem dedos?

2 comentários:

  1. espero que tenha servido como um despertar de consciências para quem tem andado hibernado...

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    1. Acho que ainda falta muito.
      Falta "o" click, algures.
      A ver vamos...

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