segunda-feira, 28 de maio de 2012

O drama. O horror.

Nunca percebi muito bem a atracção das mulheres pelas grandes superfícies.
Muito menos quando essa atracção dura toda uma tarde de Domingo!

Se, por um lado, tentam combater a todo o custo as "grandes superfícies" quando estas se instalam no seu próprio corpo, por outro, instalam-se a correr em corpos estranhos (leia-se superfícies comerciais) que, quanto maior forem, mais prazer proporcionam.

Faz-me confusão ver uma Maria abrir um frigorífico e - só porque lá tem um recipiente para colocar os ovos devidamente organizados ou porque lá está uma coisa qualquer em plástico que permite manter uma garrafa imóvel (por exemplo) - , sair-lhe uma expressão do género. "ohhhhhh... tãooooooooooo giiiiiiiiiiroooooooooooo", como se aquilo fosse a 8ª maravilha do mundo.

É só um frigorífico, Deus do céu! Não é nenhum Renoir nem nenhum Schumann!

E a expressão e o som orgásmico que produzem quando colocam uma mísera panela dentro de um saco que se pode recolher à entrada da loja (ou mundo do Demo, conforme a perspectiva), sob a condição de ser recolhido apenas por empréstimo?!

Um saco tão grande que cabe um T4 duplex lá dentro e que quase necessita de uma grua para ser transportado?
E uma panela tão pequena e tão igual a outras que já constam na cozinha lá de casa, mas que faz falta porque, supostamente, "serve para quando for preciso fazer sopa e não houver mais nenhuma disponível"?

Mais nenhuma disponível?!
Só se for preciso cozinhar para um batalhão: caso contrário, há panelas em número suficiente que dão para cozer um pacote de ervilhas inteiro, com a particularidade de a cozedura se fazer ervilha por ervilha, em simultâneo!

"Oh... Mas só custa 15 euros!"
Sim, como se quinze euros não dessem para algum vinho. E depois queixam-se, que a malta bufa por tudo quanto é canto...

Pelo menos o vinho mata a sede! Mas disto nunca se lembram...
É preferível uma panela mais. Como quem colecciona selos, calendários ou berlindes.

Mas, vá lá: supostamente é esse o significado da vida e a malta condescende.

Em nome de um bem maior, haja paciência, santinhos!




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