Andava eu no 9º ou no 10º ano, quando, em duas aulas de OET (julgo que era assim que se chamavam, na altura, as aulas com o Orientador Educativo de Turma), vimos um filme.
O primeiro filme visto numa sala de aula e, por sinal, o último.
Não foi um filme qualquer, até porque, passados tooooooooooodos estes anos, ainda é, para mim, o filme da minha vida: O Clube dos Poetas Mortos .
Vivemos numa sociedade de yes-men e yes-women, de "carneirada", por vezes de zombies.
Um mundo onde pouco ou nada se pensa pela própria cabeça, mas pelas cabeças de outros, sustentadas num pescoço e num corpo constituído, não raras vezes, pela Comunicação Social, pelo poder (democraticamente) obtido ou por um molho de notas de 500.
Comemorou-se, há pouco tempo, mais um 25 de Abril, Dia da Liberdade.
Para mim, mais importante que o tipo de Liberdade que o 25 de Abril nos proporcionou (e que, sem dúvida, nos é fundamental), há um outro tipo de liberdade, tão ou mais importante que a primeira: a liberdade enquanto indivíduos.
A que nos dá paz de espírito, a que nos diz para sermos o que somos e para pensarmos, dizermos, escrevermos, agirmos de acordo com os nossos princípios e convicções.
Porque não temos de aturar constantemente gente que só olha para o seu próprio umbigo.
Porque não temos de embarcar em seguidismos cegos, quando o cego não és tu, mas sim quem está à tua frente.
Porque não tens de calar e deixar andar, quando vês que há gente que usa e abusa de determinada situação apenas para proveito pessoal, para obter um estatuto e reconhecimento social que não tem ou para alimentar um ego descomunal.
Nessas situações só há uma coisa a fazer: dar um murro na mesa.
Se o murro não resulta, resta uma só hipótese (esmurrar o parceiro da frente seria, por vezes, uma boa alternativa, mas aí perde-se toda a razão): pôr-se de parte.
Dizer "nestas condições não, não vou (mais) por aí".
E sair.
E fechar a porta à saída.
Porque a vida é demasiado curta e, por isso mesmo, demasiado importante para ser passada em farsas, em parolice e, por vezes (às vezes não tão raras quanto isso) em filha da putice.
E pela Liberdade que a paz de espírito nos dá, "Oh Captain, My Captain" são, sem sombra de dúvida e por tudo o que significam, as palavras a dizer.
E seguir em frente.
Sem ninguém que te condicione.
No caminho que, mal ou bem, decidires tomar.
Só dessa forma poderás dizer e perceber, na sua plenitude, o significado de Carpe Diem.
também vi esse filme. também não gosto de seguir a multidão. também já dei murros na mesa.
ResponderEliminarpor isso, entendo-te.
bj
E a mesa, como ficou?
ResponderEliminarAguentou-se?
não te vou negar, gosto de violência ;) e se é para bater na mesa, mais vale que seja a sério.
ResponderEliminarEstás a preparar-te para conspurcar o meu espaço, não estás?
Eliminarnao
ResponderEliminarLinda menina.
Eliminarse calhar, mais valia moderares os comentários...
EliminarNão será necessário.
EliminarConfio na tua sensibilidade, bom-senso e ponderação.
mas eu sou a unica a comentar aqui?... ou sou a unica que tem de ter tento na língua?
ResponderEliminarvou-me.
bj
Hoje não estás nos teus dias, né?
Eliminarhoje, ainda é cedo... estou bem ;)
Eliminar(prometo ter tento na língua aqui. é teu, tenho mais é que respeitar ;)