sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Troika gourmet-chic.

Novo conceito.
Inovação no blog.

Vem isto a propósito das Troikas e do sector da restauração.

Toda a gente acompanha o que se vai passando, mas o essencial não é, em meu entender, debatido.

Pensem comigo: a crise e o aumento dos impostos levam a quê? A poupar, claro está.

E onde se poupa num restaurante, sob o ponto de vista do dono do tasco? Nas quantidades.
Um bife que antigamente era XL, agora é só L.
As batatinhas assadas que dantes eram praí uma dúzia, agora são só meia.
As colheres de arroz que dantes eram meia dúzia, agora resumem-se a três.
A sopa. Sim, a sopa! Antigamente boa, encorpada, com sustança, como se costumava dizer. Agora? Um pouco de àgua.
O vinho da casa dantes bebia-se. Agora...

E, por fim, o ponto onde quero chegar: os restaurantes da chiqueza.
Aqueles onde se paga uma pipa de massa para comer um rissol (que lá tem um nome xpto), enrolado em meia folha de alface e acompanhado com um quarto de uma batata com maionese não sei das quantas e duas ervilhas.

E agora? Agora, se seguirmos a lógica dos restaurantes do povo, pagamos o mesmo depois de nos ser apresentado um prato com uma ervilha e uma rodelinha, fina, de cenoura.

O que antigamente era uma espécie de refeição, a partir de agora vai-se tornar num evento puramente artístico: a contemplação do prato. (Quase) Vazio.

Garçon, por obséquio, o que recomenda hoje?
Ervilha sobre o prato acompanhado de croquete-au-rest (o que em bom português quererá na altura dizer restos amassados e fritos em forma de cilindro)
Ou
Folha de alface ao camarão (será só a cabeça do dito, e já chupada, mas como é chic, provavelmente será esta a opção).

E por hoje está feito. Obrigado.

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